quinta-feira, 27 de março de 2014

Propagando o Eleitoral

Sinceramente, você discute sobre política? A maioria dos brasileiros só tenciona pensar sobre os políticos quando estes atrapalham sua programação na TV, ou então quando já estão de saco cheio de ouvirem aquela zuada dos carros de som na rua. Isso faz com que as eleições sejam marcadas pelo jeitinho brasileiro, decididas, quase que exclusivamente, no último minuto, ou no último voto, se preferirem.



A última pesquisa do IBOPE pode (com) provar tudo que estou dizendo: "Dilma tem 40% dos votos, Aécio 13%, Eduardo 6%, Everaldo 3%, Randolfe 1%, ... [os demais candidatos não conseguiram pontuar], e então: Brancos/Nulos 24%, e Não sabe/Não responderam 12%". - Isso quer dizer que, diante dessas pesquisas, 36% dos brasileiros não votariam ou não saberiam em quem votar, e isso em números reais são 72.371.777 brasileiros. É por causa de coisas do tipo: "Ah, cara, política? Isso é chato..." que mais de 72 milhões de brasileiros ainda não sabem, hoje, em quem votar nas próximas eleições, em quem escolher para representar o país, o país!

Capa do Livro O Príncipe, de Nicola Maquiavel, de 1532.
Eu fiquei um bom tempo me perguntando se colocaria esse post no Recado-tá-dado ou no Sinceramente, afinal um é sobre teses e outro crônicas, mas eu pensei em unir os dois... As pessoas se interessam por política? Sim, e muito! O problema é que cada um vive dentro dos seus colhões, ou ovos se soar menos agressivo, cada um acha que tal partido é o melhor, que tal partido fez mais... Espera, aí, vocês ainda não perceberam o quanto os políticos mudam de partidos? Os partidos não são as leis, os partidos são facções políticas, que servem de base para os políticos que fazem as leis terem ligações com outros, prestem mais atenção nas galinhas do que nos galinheiros...

No filme Tropa de Elite 2, de 2010, o Capitão Nascimento (Wagner Moura) passa a lutar não só contra os bandidos, mas também com os políticos corruptos do sistema. 
Gostei dessa analogia, vamos continuar com ela: o bom político não é aquele que cacareja mais alto, ou que bate as asas com mais voo, é aquele consegue maquinar de todas as formas para conseguir seus objetivos; e então começa os problemas... O povo acha que os objetivos do político são os objetivos do povo, balela! O objetivo do político é fazer coisas suficientes para que o povo o considere bom, e, com benevolência, o confirme na urna, e quando eu digo maquinar, quero dizer isso mesmo, o político tem que fazer de tudo para que consiga o que quer. 




Maquiavel disse que existem duas éticas, a ética humana, em que há um respeito com o próximo e com o bom, e a ética política, que é necessária, e, que em momentos cruciais pode vir a ser contrária a ética comum e até a moral. Mas, tal ética política não deve ser usada para alcançar o poder, mas sim para que com ele [o poder], o político possa maquinar tudo que sonha, ou deseja, para o povo, ou para si. Afinal, podemos viver num regime de democracia representativa, mas, nem sempre, por pura e plena consciência da nossa ignorância ante ao que podemos fazer, sabemos se o político que elegemos, ou não, está representando aos interesses dos seus ou dos dele.

Na série House of Cards, o inescrupuloso Frank Underwood (Kevin Spacey) cria todos os tipos de maquinações para tentar derrubar o presidente dos EUA.


Victor Mauricio Borba

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